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Ozonização pós-colheita na conservação de goiabas Pedro Sato

Ano: 2012

Tipo de Trabalho: Tese de Doutorado em Engenharia Agrícola

Centro de Pesquisa: Universidade Federal de Viçosa

Orientador: Lêda Rita D’Antonino Faroni

Autor: Rodrigo de Oliveira Simões

Área de Atuação: Ozonização de Frutas

Palavras-chaves: Goiaba - Variedades, Goiaba - Tecnologia pós-colheita, Ozônio, Colletotrichum gloeosporioides, Alimentos - Armazenamento

O Processo de ozonização como tecnologia pós colheita na conservação de goiabas ‘Pedro Sato’ foi apresentado em 2012 na Universidade Federal de Viçosa.

Resumo:

As podridões em frutas e hortaliças, resultantes da atividade de patógenos, causam grandes perdas na fase pós-colheita. A aplicação de fungicidas químicos tem se mostrado o método mais eficiente na redução de infecções fúngicas em produtos hortícolas. No entanto, o crescente interesse do consumidor e das autoridades públicas de saúde sobre a presença de resíduos de pesticidas em produtos agrícolas, bem como o acúmulo dessas substâncias no ambiente, tem estimulado a pesquisa de métodos alternativos para o controle de doenças no pós-colheita. Uma alternativa aos métodos tradicionais empregados no controle de doenças fitopatogênicas de frutas é o emprego do processo de ozonização pós-colheita.

O ozônio (O3) é um agente oxidante, que pode ser aplicado na forma gasosa ou dissolvido em água, minimizando a ocorrência de agentes fitopatogênicos e de microrganismos deterioradores de produtos hortícolas. Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito do ozônio gasoso, empregado no processo de ozonização pós-colheita, na conservação de frutos de goiaba “Pedro Sato”.

Num primeiro experimento, objetivou-se determinar a concentração, o tempo de saturação e os períodos de exposição empregados no processo de ozonização. Os frutos foram submetidos ao processo de ozonização, injetando-se o gás nas concentrações de 0, 65, 95, 185, 275, 370 e 460 μg L 1 e vazão de 2 L min-1 em uma câmara de fumigação desenvolvida e confeccionada totalmente em material acrílico.

Foram determinados a concentração e o tempo de saturação quantificando-se a concentração residual do ozônio pelo método iodométrico após a passagem do gás pelos frutos, até que ela se mantivesse constante. Avaliou-se também o efeito do ozônio no controle de doenças bem como na sensibilidade dos frutos às diferentes concentrações de ozônio utilizadas. Cerca de 20% do gás injetado interagiu com os frutos, podendo ser o responsável pela redução na incidência e na severidade da antracnose causada pelo fungo Colletotrichum gloeosporioides.

Concentrações de ozônio abaixo de 185 μg L 1 não foram suficientes para impedir o desenvolvimento da antracnose nos frutos. As goiabas Pedro Sato; responderam ao estresse oxidativo induzido pelo ozônio em concentrações acima de 185 μg L 1, causando anomalias visíveis, com formação de pontuações intervenais esverdeadas e bolhas vermelho-amarronzadas no epicarpo do fruto. Num segundo experimento, objetivou-se avaliar a conservação de goiabas Pedro Sato; submetidas ao processo de ozonização como tecnologia pós-colheita, injetando-se o gás nas concentrações de 0, 95, 185, 275 μg L 1 e vazão de 2 L min-1 na câmara de fumigação durante 60 min.

A avaliação foi feita pela análise de qualidade fisiológica e físico-química dos frutos, durante o armazenamento em condições ambientes. O conteúdo de vitamina C foi reduzido, já o teor de sólidos solúveis totais e de acidez titulável total se elevou em função do aumento na concentração do gás ozônio. Verificou-se também eficácia gradativa das concentrações do gás ozônio, especialmente para a concentração de 185 μg L 1, que resultou na redução de mais de 50% na incidência da doença, aqui identificada como antracnose.

Por fim, no terceiro experimento, objetivou-se avaliar a conservação de goiabas “Pedro Sato” submetidas ao processo de ozonização como tecnologia pós-colheita, injetando-se o gás na concentração de 185 μg L 1 e vazão de 2 L min-1 na câmara de fumigação durante os períodos de exposição de 0, 40, 60 e 80 min. A avaliação também foi feita pela análise de qualidade fisiológica e físico-química dos frutos, durante o armazenamento em condições refrigeradas, seguida de condições ambientes.

Detectou-se um aumento no padrão respiratório, mensurado pela produção de CO2 e no teor de sólidos solúveis totais, além de expressivo efeito deletério no teor de ácido ascórbico, ambos em função do incremento no período de exposição ao gás ozônio, independentemente da mudança nas condições climáticas do ambiente de armazenamento.

O gás ozônio na concentração de 185 μg L 1 durante 60 min de fumigação, resultou em menor índice de incidência e agressividade da doença, aqui identificada como antracnose. Pode-se concluir, pelos resultados obtidos, que o ozônio gasoso, empregado na concentração de 185 μg L 1, durante 60 min, é um eficiente agente fungicida, atuando no controle da antracnose em goiabas Pedro Sato. O processo de ozonização como tecnologia pós-colheita, de forma geral, não afeta a qualidade dos frutos, para os parâmetros avaliados, à exceção do conteúdo de vitamina C, que é reduzido diretamente em função do incremento, seja na concentração ou no período de exposição ao gás ozônio.

De posse das informações já registradas, ressalta-se que novos dados devem ser coletados, que permitirão, além de elucidar os mecanismos envolvidos na sensibilidade do fruto da goiabeira ao gás ozônio, a expansão do processo de ozonização na pós-colheita de produtos hortícolas.

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