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Revestimento Comestível, Ozônio Gasoso e Névoa Ozonizada em Figo de Valinhos

Ano: 2022

Tipo de Trabalho: Tese de Doutorado em Engenharia Agrícola, na Área de Tecnologia Pós-colheita.

Centro de Pesquisa: Faculdade de Engenharia Agrícola da Universidade Estadual de Campinas

Orientador: Profa. Dra. Franciane Colares Souza Usberti

Autor: Raysa Maduro Alves

Área de Atuação: Engenharia Agrícola

Palavras-chaves: Ficus carica L., sanitização, cobertura comestível.

A limitada proteção oferecida pela epiderme, presença do ostíolo e climatério ao longo do amadurecimento, fazem do figo (Ficus carica L.) um fruto altamente perecível e sensível ao aparecimento de danos que, na maioria vezes, levam a deterioração da qualidade e perdas expressivas do produto, como atualmente ocorre na cadeia de produção do figo ‘Roxo de Valinhos’.

O revestimento comestível é um método considerado cada vez mais viável na conservação de frutas e hortaliças, pois possibilita a redução da perda de massa, alterações de textura, bem como o incremento da integridade mecânica e aparência dos frutos. Assim como os demais produtos hortícolas, o figo tende a ser um potencial veículo de microrganismos provenientes do campo para o armazenamento e comercialização, refletindo em perdas significativas. Em função de sua epiderme porosa, não são utilizados tratamentos para sua sanitização, sendo então o ozônio um método de controle de microrganismos interessante, pois possui um amplo espectro biocida com ausência de resíduos nocivos.

Neste contexto, este trabalho teve como objetivo testar a hipótese de que a sanitização com ozônio e aplicação de cobertura comestível à base de fécula de mandioca e cloreto de cálcio prolongam a vida pós-colheita do figo ‘Roxo de Valinhos’, uma vez que diminuem as contaminações microbiológicas e perda de massa, bem como avaliar a necessidade da adição de um agente plastificante, o sorbitol. Nos experimentos com cobertura comestível, os figos foram revestidos com 2% fécula de mandioca (FM), 2% fécula de mandioca + 3% cloreto de cálcio (FM + CaCl2) e 2% fécula de mandioca + 3% cloreto de cálcio + 20% de sorbitol (FM + CaCl2 + S), obtida por meio da gelatinização do amido, via imersão e pulverização. O estudo foi conduzido em esquema fatorial 3 x 2 (3 doses e 2 vias de aplicação) à temperatura de 19,81 ± 1,46 ºC e umidade relativa de 76,24 ± 18,30% e os tratamentos avaliados aos 0, 3, 6 e 9 dias após a aplicação do tratamento em relação à perda de massa e incidência de podridão, sendo comparados com um tratamento controle (frutos não tratados).

O revestimento com cobertura formulada com fécula de mandioca a 2% aplicado via imersão proporcionou menores valores de perda de massa fresca e incidência de podridão em figo ‘Roxo de Valinhos’. Já no estudo do efeito do ozônio, o crescimento micelial e porcentagem de inibição foram avaliados in vitro para verificar se a névoa ozonizada (0, 10, 20 e 40 uL L-1) e gás ozônio (10, 20 e 40 uL L-1) aplicados por 5 e 30 minutos, respectivamente, atuavam no desenvolvimento do fungo durante 7 dias de incubação em estufa BOD (25,4 ± 2,2 ºC). Nos ensaios in vivo, figos ‘Roxo de Valinhos’ foram inoculados com A. alternata (1,1 x 105 esporos ml-1) 4 horas antes dos tratamentos com névoa ozonizada (0, 10, 20 e 40 uL L-1) e gás ozônio (10, 20 e 40 uL L-1)
aplicados por 5 e 30 minutos, respectivamente. Posteriormente, a incidência e severidade do fungo foram avaliadas nos frutos armazenados a 25,4 ± 2,2 ºC e 72,5 ± 1,2% UR por 4 dias.

A aplicação de ozônio tanto na forma de névoa quanto de gás controlou e inibiu o crescimento de Alternaria alternata, sendo a concentração de 20 uL L-1 na forma gasosa a com melhor
desempenho. Conclui-se que o revestimento comestível a base de fécula de mandioca e a sanitização com ozônio na forma gasosa mostraram-se como técnicas promissoras na conservação da qualidade física e biológica de figo ‘Roxo de Valinhos’.

Artigo Completo