O ozônio pode contribuir não só na cadeia produtiva de alimentos, mas em diversos outros setores da economia em que ela se relaciona. Isto porque, nem todos os produtos que se produz por estas indústrias são alimentos.

Um frigorífico bovino não produz somente carnes, mas também, diversos subprodutos que abastecem uma grande variedade de outros setores da economia. Dentre alguns exemplos, temos o colágeno que pode ser usado em uma indústria de cosmético, uma gordura usada na fabricação de saneantes ou biocombustível. Já o couro pode ser usado na confecção de roupa e calçado e até ser usado como matéria-prima em bancos de automóveis.

Assim como estes, existem diversos outros milhares de exemplos de matérias-primas produzidas pelas indústrias de alimentos que são usadas por outros diversos setores da economia como o veterinário, confecção, automotivo, químico, farmacêutico e outros.

Se pararmos para pensar, uma grande maioria do que produzimos, ou consumimos, tem origem no agronegócio. Usar o ozônio para melhorar processos nas indústrias de alimentos interfere diretamente na melhoria da qualidade não só de alimentos, mas também de diversas outras matérias-primas que também são susceptíveis a contaminação por microrganismos, agrotóxicos e ataque de pragas.

Produzir alimentos de forma segura e saudável é resultado de um processo de gestão de qualidade que envolve o universo que chamamos de Segurança de Alimentos”. Esta expressão tem origem na palavra inglesa: Food Safety, e faz referência à garantia da qualidade e segurança de alimentos comercializados desde a fazenda, passando pela armazenagem, transporte, manipulação, transformação industrial, pontos de venda, preparo e o próprio consumo.

A segurança de alimentos é um conjunto de procedimentos que garante alimentos mais seguros e saudáveis, livres da presença de contaminantes químicos (como metais pesados e resíduos de agrotóxicos), contaminantes biológicos (como as bactérias, fungos, protozoários e outros microrganismos) e contaminantes físicos (metais, galhos, folhas, pedras, insetos, entre outros), visando não causar algum dano à saúde ou a integridade do consumidor.

Nos últimos anos, vem crescendo a preocupação das empresas de alimentos com a qualidade de seus produtos. Isto porque, estas empresas precisam satisfazer um mercado de consumidores cada vez mais exigentes que estão preocupados com a qualidade e segurança dos alimentos que consomem. Isto explica o crescimento do consumo dos alimentos orgânicos e minimamente processados que satisfazem os desejos de segurança, saudáveis, nutricionais e gustativos de consumidores que aceitam a pagar um valor mais alto por isso.

Compreender e abordar processos do uso correto do ozônio na segurança de alimentos são alguns dos principais desafios enfrentados pelos processadores de alimentos. Muitas empresas têm consciência da capacidade biocida do ozônio e sua eficiência no tratamento de água, efluentes e na possibilidade de seu uso na descontaminação de alimentos. Então, por que o ozônio ainda é tão pouco usado pelas empresas de alimentos? A resposta é simples: “desconhecimento de como implementar o ozônio em processos industriais”.

Apesar de existirem significativos avanços científicos da eficiência do uso do ozônio em diversos alimentos e bebidas em escala laboratorial, ainda existe muita escassez de estudos científicos e publicações realizadas em escala industrial. O conhecimento, confiabilidade e reconhecimento das aplicações de ozônio na produção de alimentos são o fator-chave para melhor aceitação da tecnologia pelas empresas.

 

Vivaldo Mason Filho Diretor myOZONE Geradores

Vivaldo Mason Filho

Fundador e diretor da myOZONE. Vice-presidente da Abraozônio.

Administrador de Empresas e Especialista em Análise de Sistemas pela PUCCAMP, Especialista e Mestre em Engenharia.

Atuou por 11 anos como Professor Universitário nos cursos de graduação e pós-graduação de Administração, Comércio Exterior e Engenharia de Produção.