Degradação de agrotóxicos com ozônio na indústria e no campo
Degradação de agrotóxicos com ozônio na indústria e no campo

Degradação de agrotóxicos é um imperativo estratégico para cadeias produtivas que operam sob padrões elevados de qualidade, segurança e sustentabilidade. No contexto industrial e do agronegócio, o uso de ozônio (O₃) como agente oxidante avançado tem se consolidado como um vetor de competitividade: promove redução efetiva de resíduos químicos em matérias-primas, superfícies de contato e efluentes, sem comprometer atributos sensoriais quando corretamente parametrizado.
Por que o tema é material para a governança da qualidade
Em ambientes regulados (alimentos, bebidas, farmacêutico) e em operações agrícolas de médio e grande porte, a conformidade com limites máximos de resíduos (LMRs) e com requisitos ESG deixou de ser diferencial e tornou-se requisito de licença social para operar. A degradação orientada de resíduos de agrotóxicos via ozônio cria um stack de valor que combina:
- Risco reduzido de não conformidade (auditorias de clientes, órgãos sanitários e ambientais).
- Preservação sensorial (cor, aroma, textura) quando o processo é controlado por dose, CT e temperatura.
- Eficiência operacional (baixo custo marginal, geração in situ, ausência de transporte/armazenamento de químicos perigosos).
- Sustentabilidade mensurável (queda de DQO/DBO em efluentes, menor pegada de químicos auxiliares, menor geração de subprodutos indesejáveis).
Degradação de agrotóxicos: fundamentos químicos
A degradação de agrotóxicos com ozônio ocorre por dois vetores complementares:
Oxidação direta pelo O₃
O ozônio reage com grupos funcionais presentes em moléculas de pesticidas (duplas ligações C=C, anéis aromáticos ativados, aminas, tiolatos), promovendo abertura de anel, clivagem e transformação em compostos de menor massa molar e, idealmente, maior biodegradabilidade.
Oxidação indireta (AOPs com •OH)
Em pH mais elevado ou na presença de catalisadores/ultravioleta/peróxido, o ozônio se decompõe gerando radicais hidroxila (•OH), de alto potencial redox, ampliando o espectro de degradação inclusive para moléculas mais recalcitrantes.
Parâmetros-chave: pH, alcalinidade, temperatura, CT (mg·min/L), potencial de oxirredução (ORP), presença de matéria orgânica natural (NOM).
Degradação de agrotóxicos: aplicações industriais
A degradação de agrotóxicos via ozônio é transversal a múltiplos pontos de controle. Abaixo, um mapa de aplicação por use case:
- Matérias-primas agrícolas (frutas, hortaliças, grãos)
- Processamento e envase (superfícies de contato)
- Tratamento de água de processo e de enxágue
- Efluentes industriais
- Aviação e maquinário agrícola (lavagem e reúso de água)
Parâmetros críticos de controle (PCCs) e salvaguardas
- Dose e CT (mg·min/L)
- pH e temperatura
- ORP e O₃ dissolvido
- Qualidade da água
- Engenharia do contato
- Destrutor de ozônio
- Instrumentação
Impactos sensoriais e mitigação
Uso de baixas temperaturas, CT controlado e desaceleração após o processo asseguram preservação de cor, aroma e textura do produto.
Roadmap de implementação
- Assessment técnico-regulatório
- POC em bancada/piloto
- Projeto executivo
- Comissionamento e qualificação
- Operação padrão
- Melhoria contínua
Segurança ocupacional e compliance ambiental
Inclui limites de exposição ocupacional (TLV), destrutor catalítico/térmico, HAZOP/LOPA e monitoramento ecotoxicológico.
Métricas ESG e business case
A aplicação do ozônio contribui para resultados mensuráveis nos pilares Ambiental, Social e Governança, reduzindo químicos, melhorando segurança e promovendo rastreabilidade.
Caminho de escalabilidade e visão de futuro
A integração de sensores, dados e automação permite processos mais inteligentes e sustentáveis, reforçando a competitividade industrial e agrícola.




