A dosagem segura de ozônio em ambientes de trabalho é determinada pela NR15 considerando também fatores contidos no ambiente de trabalho como a ventilação e outros elementos que destroem a molécula de ozônio.
O ozônio em altas doses causa:
- Tosse forte;
- Dores no peito;
- Falta de ar;
- Irritações na garganta.
Os níveis dos sintomas podem variar de pessoa para pessoa, sendo que, mesmo mesmo pessoas saudáveis podem apresentar problemas quando expostas ao ozônio. Pessoas acometidas de asma ou qualquer outra condição respiratória devem evitar o contato com o gás ozônio.
Nos Estados Unidos, os geradores de ozônio começaram a sofrer grande pressão da opinião pública americana após os principais órgãos reguladores publicarem normas e leis que regulamentam as quantidades de horas máximas permitidas a certas concentrações do gás em ambiente de trabalho. O próprio EPA através do CRF – Code of Federal Regulaitions Tile 21 permite a exposição máxima de 0,05ppm (partes por milhão do gás). O OSHA (Ocoppational Safety and Health Administration) do Departamento de Trabalho dos Estados Unidos, permite exposição máxima de 0,1ppm (partes por milhão) de ozônio em ambientes de trabalho de 8 horas diárias.
No Brasil, o Ministério do Trabalho através da Norma Regulamentadora (NR15) indica no Anexo 11 a exposição mínima de 0,08ppm (partes por milhão) para jornadas de trabalho de 8 horas por semana.
Dosagem segura de ozônio e a concentração
A concentração de ozônio produzida por um ozonizador depende de muitos fatores: tamanho da área que será utilizada, capacidade do equipamento, se existe portas abertas ou se existem no local, materiais que reagem com o ozônio.
Por isso os medidores e sensores de ozônio são fundamentais para assegurar a qualidade dos ambientes de trabalho. No entanto em áreas desocupadas, sem a presença de pessoas, o ozônio utilizado em níveis elevados é um excelente descontaminante, agindo sobre microrganismos e gases voláteis além de controlar odores agindo diretamente em sua fonte.
O EPA, OSHA, ANVISA e MAPA não se opõe à utilização do gás ozônio em ambientes fechados desde que esteja completamente inabitado. Recomenda-se instalação de sensores e exautores para garantir a segurança de pessoas no ambiente de trabalho.
É importante que as empresas sigam os procedimentos para a implantação do ozônio na indústria.
Vivaldo Mason Filho é Administrador de Empresas e Especialista em Análise de Sistemas pela PUCCAMP, Especialista e Mestre em Engenharia pela USP. Empresário e especialista na implantação de ozônio para indústrias de alimentos. Atuou por 11 anos como Professor nos cursos de graduação e pós-graduação de Administração, Comércio Exterior e Engenharia de Produção. É atual vice-presidente da Associação Brasileira de Ozônio – ABRAOZÔNIO.