A Equipe do ozônio é necessária para que a implantação do ozônio vire uma realidade na indústria. Esta equipe é formada por funcionários e prestadores de serviços responsáveis pelo processo que será implementado. Estas pessoas necessitam de conhecimentos para estarem e capacitadas e engajadas para implementar a tecnologia na cultura da empresa. Implementar o ozônio, ou qualquer outra tecnologia emergente, necessita que a equipe envolvida tenha informação suficiente para sustentar e viabilizar o novo processo.

Existem algumas áreas que, se envolvidas na equipe do ozônio, poderão facilitar a empresa alcançar mais rápido os objetivos desejados, como:

a) O departamento de garantia de qualidade responsável pela segurança de alimentos ajudará na definição das reais necessidades e demandas da empresa. Estes colaboradores possuem conhecimentos de legislação, demandas, podem sugerir aplicações, acompanhar testes, fazer relatórios, treinar equipes e documentar os novos processos de ozônio na documentação de processos da empresa, como: BPF, BRC, IFS, FSSC, HACCP e ISO 22.000.

b) O departamento de manutenção da empresa também deve ser envolvido, pois será responsável em preparar e adaptar locais que serão usados para aplicar o ozônio, como tanques, bombas, injetores, câmaras frias, autoclaves, silos, equipamentos de lavagem, embalagem, etc. Para isso, é necessário integrar os equipamentos de ozônio às estruturas hidráulicas, elétricas e pneumáticas que serão necessárias para o funcionamento do ozônio. Após instalado, este departamento será responsável em dar manutenção nos equipamentos e deverá ser treinado para fazer manutenções preventivas no local sob orientação do fabricante do gerador de ozônio. O fabricante deverá fornecer peças de reposição, projeto elétrico, manual de operação documentado para que a equipe de manutenção tenha resposta rápida em caso de parada do sistema. Em alguns casos, a empresa poderá adquirir um gerador de ozônio “backup”, kit de peças de manutenção para evitar que o processo seja interrompido e aguarde o atendimento pelo fabricante.

c) Não se pode esquecer o departamento de segurança do trabalho. Toda empresa é obrigada legalmente a avaliar os riscos no local de trabalho, e tomar todas as precauções possíveis para garantir a segurança dos trabalhadores e terceiros. Um exame cuidadoso dos riscos de uso de ozônio deve ser incluído na avaliação do risco de acidentes, plano de contingência, sinalização de emergência e treinamento dos colaboradores que estarão envolvidos no processo.

d) Envolver a área em que o processo vai ser instalado: departamento de produção (lavagem de alimentos, higienização, limpeza CIP, rinse de embalagens, etc.), departamento ambiental (tratamento de água, água de reuso e efluentes, lavador de gases, chiller, sistemas de refrigeração, além do, departamento de controle de pragas (fumigação de alimentos e controle de pragas dos ambientes). Cada departamento será responsável pelo processo de ozônio após a sua implementação.

e) Contratar uma consultoria externa na área de segurança de alimentos para auxiliar o processo de implantação do ozônio é uma excelente decisão. Estes profissionais possuem conhecimentos de legislação e podem sugerir aplicações, acompanhar os testes, fazer relatórios, treinar equipes nos novos procedimentos, orientar e atualizar o Manual de Boas Práticas de Fabricação sobre os novos processos e acompanhar sua implantação. Consultores que já prestam serviços para a indústria, possuem conhecimento dos processos, melhorias que precisam ser realizadas e possuem disponibilidade de tempo para dedicação no projeto. Estes profissionais fazem a interface entre todos os envolvidos: os fornecedores de equipamentos, a equipe de funcionários internos da empresa, os órgãos fiscalizadores, laboratórios e/ou universidades.

f) É importante avaliar se o fabricante do gerador de ozônio possui experiência em aplicações industriais com boas referências de clientes que ficaram satisfeitos com os seus serviços. Estes fabricantes devem estar dispostos a ajudar a empresa na implantação e desenvolver equipamentos “customizados” para atender um projeto específico de ozônio. Nem todos os fabricantes de geradores de ozônio possuem experencia e estão preparados para desenvolver projetos para instalações industriais. Muitos destes, não se dispõem a realizar testes preliminares para o desenvolvimento de aplicações. Isto porque, na grande maioria, não possuem experiência industrial e não fazem a menor idéia como orientar, projetar e de como seriam as aplicações, doses e tempos de exposição. Um fabricante mal-intencionado não procura entender a real necessidade do cliente e força a venda de um equipamento de “prateleira” que muitas vezes não atende a demanda. Depois da venda realizada, “vira as costas” e deixa o cliente na mão, perdido e sem saber por onde começar. Isto porque, eles acreditam que: “a aplicação vai se adaptar ao equipamento”, enquanto na prática o equipamento é que deve se adaptar a aplicação.

g) Parcerias com Universidades que possuem pesquisas com ozônio encurtam muito os tempos de implantação. Um pesquisador experiente pode ajudar a desenvolver tecnologias de aplicações, montar ensaios com rigor científico e segurança estatística, avaliar resultados, fazer uma revisão bibliográfica encontrando estudos publicados, desenvolvem protocolos de aplicação com tempos de exposição e concentração necessária para atender o objetivo sem afetar as características sensoriais do produto. Muitas Universidades dispõem de Fundações que viabilizam prestar este tipo de serviço para as empresas. Existem no Brasil alguns empresários que investem e financiam pesquisas com uso do ozônio em Universidades. Um modelo que funciona muito bem nos EUA e que está ganhando força no nosso país. As pesquisas desenvolvidas pelo Departamento de Engenharia Agrícola da Universidade Federal de Viçosa (UFV) coordenadas pela Professora Leda D´Antonino Faroni, pioneira no Brasil, referência mundial em pesquisas aplicadas com ozônio. Desde o ano de 1996, o Departamento de Engenharia Agrícola da UFV desenvolve e possui centenas de trabalhos científicos inéditos com o uso do ozônio em diversos tipos de produtos agrícolas e industrializados.

 

Vivaldo Mason Filho Diretor myOZONE Geradores

Vivaldo Mason Filho

Fundador e diretor da myOZONE. Vice-presidente da Abraozônio.

Administrador de Empresas e Especialista em Análise de Sistemas pela PUCCAMP, Especialista e Mestre em Engenharia.

Atuou por 11 anos como Professor Universitário nos cursos de graduação e pós-graduação de Administração, Comércio Exterior e Engenharia de Produção.