A primeira aplicação em escala técnica de ozônio ocorreu em Oudshoorn, Holanda, em 1893,  para a desinfeção e purificação de água para consumo humano e tratamento de efluentes com ozônio foi estudada minuciosamente pelo cientista e químico francês Marius-Paul Otto foi recebido em 1897 como doutor em ciências na Universidade Francesa de Sorbonne pela sua tese intitulada “Pesquisa sobre ozônio”.

Mais tarde, no ano de 1907, na cidade de Nice na França, Marius-Paul Otto criou a “Companhia Geral de Ozônio”, agora “Companhia de Água e Ozônio”, a primeira empresa que utiliza o ozônio para a esterilização da água. Desde então, o ozônio foi aplicado continuamente em Nice na França, fazendo com que cidade fosse chamada de “local de nascimento” do ozônio para o tratamento da água potável.

Primeira aplicação em escala técnica do gás ozônio

Marius-Paul Otto e seu ozonizador

Em 1873, Cornelius Benjamin Fox descobriu a capacidade do ozônio para eliminar microrganismos. Há evidências do seu uso como desinfetante desde 1881, de acordo com o mencionado pelo Dr. John Harvey Kellogg (1852 – 1943) no seu livro sobre difteria. A descoberta atravessou o oceano para a América do Norte e, em 1885, a Florida Medical Association publicou o primeiro livro sobre aplicações médicas do ozônio, escrita em 1885 pelo médico Dr. Charles J. Kenworth.

Nikola Tesla, reconhecido por Albert Einsten, como maior inventor do mundo emitiu a primeira patente para um gerador de ozônio que utilizava descarga de corona usando placas de metal carregadas para atuar no ar ambiente. Em 1900, fundou “Tesla Ozone Co.”, primeira indústria de geradores de ozônio no mundo.

Nikola Tesla e o primeiro gerador de ozônio por corona

Oscilador Nikola Tesla

História do Ozônio

SOLUTIONOZONE (2020) descreveu a história do ozônio da seguinte forma:

A primeira pessoa a detectar o ozônio, através do cheiro, foi o químico holandês Martinus Van Marum em 1750. A descrição dos seus ensaios mencionava a noção de um cheiro característico ao redor do seu “eletrificador”.

Em 1785, Marum descobriu um gás azul claro, com a ajuda do fabricante de instrumentos inglês John Cuthbertson (1743-1821) que foi contratado para construir um gigantesco gerador eletrostático de atrito com placa de vidro dupla.

Marum certamente observou um “odor na matéria elétrica”. Percebeu que quando o ar era exposto a uma descarga elétrica, manchava o mercúrio, mas não o identificou como um alótropo do oxigênio.

Eletrificador de Martins Van Marum

Eletrificador de Martins Van Marum

Entretanto, a primeira vez que o ozônio foi mencionado pelo nome, remonta a maio de 1840 durante um ensaio do químico alemão Christian Friedrich Schönbein, sobre a descoberta apresentada na Universidade de Munique alguns anos mais tarde. Van Marum havia notado o mesmo “odor” característico durante seus testes científicos e tentou medir e identificá-lo.

Mas, foi o próprio Schönbein que foi sendo reconhecido como a primeira pessoa a pesquisar os mecanismos do ozônio e da sua reação com a matéria orgânica. Ele batizou-o com o nome alemão de “ozon”, com origem na palavra grega “ozein” que significa: “aquilo que cheira”, em francês e inglês: “ozone” e em português “ozônio”.

Após 1840, foram feitos muitos estudos sobre o mecanismo de desinfeção do ozônio. Em 1856, apenas quase vinte anos mais tarde, Thomas Andrews provou que o ozônio era um gás alótropo triatômico de oxigênio.

O primeiro gerador de ozônio foi fabricado em Berlim, pelo inventor alemão Ernst Werner von Siemens (1816 – 1892), que também escreveu um livro sobre a aplicação de ozônio na água, o que deu origem a uma série de “projetos-piloto”, durante os quais o mecanismo de desinfeção com ozônio foi pesquisado.

Primeiro ozonizador desenvolvido por Werner Von Siemens

Primeiro ozonizador desenvolvido por Werner Von Siemens

Em 1857, Werner von Siemens construiu o primeiro tubo de indução melhorando a produção. Kleinmann fez a primeira tentativa de destruir microrganismos e também realizou as primeiras aplicações de gás em animais e seres humanos.

Em 1870, Dr. Lender, um médico alemão, publicou o primeiro estudo sobre os efeitos biológicos práticos relacionados com o ozônio na desinfeção da água e as suas propriedades antimicrobianas, que revolucionaram a medicina nesse período, mais de meio século antes do aparecimento da penicilina.

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Vivaldo Mason Filho Diretor da myOZONE

Vivaldo Mason Filho é Administrador de Empresas e Especialista em Análise de Sistemas pela PUCCAMP, Especialista e Mestre em Engenharia pela USP. Empresário e especialista na implantação de ozônio para indústrias de alimentos. Atuou por 11 anos como Professor nos cursos de graduação e pós-graduação de Administração, Comércio Exterior e Engenharia de Produção. É atual vice-presidente da Associação Brasileira de Ozônio – ABRAOZÔNIO.