Câmaras Hipobáricas (Autoclaves de Ozônio)

Principais vantagens da utilização de câmaras hipobáricas de ozônio

1. O vácuo facilita a distribuição do ozônio gasoso no interior da câmara e a embalagem, distribuindo de forma uniforme a mesma concentração de ozônio em toda a câmara;
2. Ao retirar o ar de dentro da câmara, também é retirado o ar do interior das embalagens e do espaço intergranular que corresponde à porosidade do alimento a ser tratado. Ao inserir o ozônio, o gás preenche todos estes espaços. A injeção em baixas pressões, facilita a penetração do ozônio gasoso nas embalagens;
3. A distribuição do ozônio em uma atmosfera modificada é homogênea, fazendo o ozônio chegar em todos os espaços, inclusive no interior de embalagens de forma mais eficiente;
4. Maior segurança do tratamento, pois não existem riscos de vazamentos de ozônio gasoso, da câmara para o ambiente externo, pois a pressão externa é sempre maior que a pressão do interior da câmara hipobárica.

Alimentos e outros produtos acondicionados em embalagens flexíveis que permitem trocas gasosas, como as utilizadas para grãos, farinhas e outros produtos agrícolas acondicionados em filmes perfurados de polietileno de baixa densidade (PEBD), sacos de ráfia, juta e embalagens de papel kraft, a atmosfera modificada com ozônio gasoso em câmaras hipobáricas tem demonstrado ser uma das tecnologias de aplicação de ozônio gasoso mais eficiente existente.

Após inserir o ozônio na câmara, o gás reagirá com todas as superfícies, fora e dentro de embalagen e alimentos existentes dentro da câmara. Parte do ozônio injetado na câmara será consumido pelo alimento tratado, e outra parte, se degradará em oxigênio naturalmente após alguns minutos. Motivo este, que faz com que seja necessário fazer o ciclo (vácuo e injeção) por mais de uma vez até atingir o objetivo pretendido. Sendo assim, a aplicação do ozônio gasoso em câmara hipobárica funciona da seguinte forma:

1. O alimento embalado é acondicionado dentro da câmara;
2. Com a ajuda de uma bomba de vácuo, retira-se o ar da câmara, monitorando a redução da pressão até atingir a pressão desejada. A redução da pressão deve ocorrer, de tal forma, que não comprometa a integridade estrutural da câmara;
3. Com a injeção do ozônio gasoso, a pressão da câmara hipobárica tenderá a se igualar à pressão atmosférica;
4. Após a injeção do gás, aguarda-se um período de ação do ozônio
5. O ozônio é consumido pelo produto após um período de tempo;
6. Repete-se o processo por algumas vezes até que o objetivo desejado seja alcançado.

Segurança da tecnologia

A adoção de sistema de injeção de ozônio utilizando-se baixas pressões é uma alternativa inteligente da indústria de alimentos, no intuito de incorporar o ozônio gasoso ao fluxograma de processamento, não oferecendo risco aos trabalhadores.

A injeção do ozônio gasoso em câmaras hipobáricas dispensa a necessidade de recirculação ou dispositivo de degradação do ozônio residual (catalisadores). Isto é relevante para indústrias de processamento de alimentos, pois o ozônio residual pode representar riscos à saúde dos trabalhadores, caso a concentração do gás no ambiente seja superior aos limites de exposição estabelecidos pela legislação (NR 15).