Tratamento de água de reuso com ozônio: eficiência e segurança

Tratamento de água de reuso com ozônio: eficiência e segurança

01/09/2025
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Tratamento de água de reuso com ozônio é um pilar estratégico para indústrias que buscam alavancar competitividade com governança hídrica, conformidade regulatória e ganhos de produtividade. Sob a pressão das diretrizes de ESG, do aumento do custo da água potável e das metas de reuso, as indústrias buscam soluções eficientes. Nesse contexto, o ozônio se posiciona como um pilar estratégico, agregando capacidade oxidativa superior e atuando como um biocida robusto. Sua flexibilidade de integração em múltiplos estágios do processo acelera a jornada de reuso com menor risco operacional e um TCO mais vantajoso.

Tratamento de água de reuso com ozônio: fundamentos técnicos

Como agente biocida, oxidante clássico e pré-tratamento, o ozônio viabiliza desinfecção de alto desempenho e oxidação de poluentes inorgânicos (ferro, manganês) e orgânicos (compostos fenólicos, pesticidas, precursores de THMs), além de mitigar sabor/odor e elevar a biodegradabilidade de macropoluentes — o que melhora etapas subsequentes como coagulação, flotação e carvão ativado granular. Em linhas gerais, a tecnologia endereça diretamente DBO/DQO, contaminação microbiológica e variáveis críticas de potabilidade/processo, com meia-vida curta e sem residual químico na água tratada. Referenciais de mercado e literatura técnica sustentam tais aplicações e comparam as vantagens frente a cloro, peróxidos e UV, inclusive com menções à aprovação do uso de ozônio em água potável pela ANVISA.

Métricas que realmente importam

  • DBO/DQO (baseline → meta): redução consistente indica maior remoção/oxidação de matéria orgânica; a relação DQO/DBO orienta a biodegradabilidade e o desenho de etapas subsequentes.
  • CT e dose de ozônio: dimensionamento alinhado à carga orgânica/coloides, pH e temperatura para garantir “kill step” microbiológico e oxidação direcionada.
  • SLA de qualidade e reuso: conformidade com padrões internos e normativos (alimentos, bebidas, fármaco) reduz riscos de desvios e CAPEX não planejado.

Tratamento de água de reuso com ozônio: performance operacional e escalabilidade

O design de alto nível contempla pré-tratamento (peneiramento/flotação), contato com ozônio (ejetores/venturi, difusores finos, micro/nanobolhas), tancagem com tempo de residência e polimento final (areia/carvão/UV) conforme a qualidade alvo de reuso (lavagens, CIP, resfriamento, utilidades).

Alavancas de performance

  • Oxidação segmentada e sinérgica: metais (Fe/Mn) e orgânicos recalcitrantes; AOPs (ozônio + UV/H₂O₂) quando aplicável.
  • Desinfecção de alto impacto: tempos de contato curtos e sem residual clorado, reduzindo corrosão e passivo químico.
  • Integração multietapas: aplicação antes da filtração (otimizando GAC), no meio (sabor/odor) ou ao final (desinfecção), conforme o mapa de risco.

ROI, OPEX e TCO

  • OPEX menor: menos químicos e intervenções corretivas.
  • CAPEX escalável: módulos dimensionados por vazão/carga com ganhos de disponibilidade.
  • ESG material: reuso interno, menor captação e descarte; indicadores sólidos para auditorias.

Roadmap de implantação e governança da qualidade

  1. Diagnóstico técnico: perfil da água (DBO/DQO, turbidez, pH, microbiologia) e usos alvo do reuso.
  2. Piloto A/B: variação de dose/tempo de contato e análise estatística de ganhos por etapa.
  3. Engenharia: seleção de geradores, contatores, materiais, intertravamentos e sensores de off-gas.
  4. PCCs e POPs: dose, ORP, integridade de barreiras, calibração e manutenção preventiva.
  5. Compliance e segurança: ventilação, detecção ambiente, LOTO e treinamento de times.

Checklist executivo myOZONE

  • Meta de reuso por linha e baseline DBO/DQO definidos.
  • Piloto validado com ganhos de qualidade, microbiologia e OPEX.
  • Projeto com redundância, PCCs e plano de segurança implementado.
  • KPIs ESG: m³ reaproveitados, químicos evitados, emissões evitadas.

O tratamento de água de reuso com ozônio é a alavanca que sua indústria precisa para otimizar processos e atender aos desafios da governança hídrica. É uma tecnologia que une sustentabilidade e rentabilidade, reduzindo custos e riscos operacionais.

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Referências Bibliográficas

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NORONHA, M. F. et al. Processos de tratamento de efluentes: nanofiltração, osmose reversa e oxidação avançada em condições laboratoriais e piloto. Revista Brasileira de Engenharia Química, 2002.

LANGLAIS, B.; RECKHOW, D. A.; BRINK, D. R. Ozone in water treatment: application and engineering. Chelsea: Lewis Publishers, 1991.

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