O tratamento de efluentes e águas residuais com ozônio é alternativa eficiente para a degradação de subprodutos industriais, agrotóxicos e microrganismos. O ozônio é usado efetivamente no processamento de água carregada com concentrações de subprodutos industriais.
O ozônio é muito eficiente na degradação de agrotóxicos pesticidas, orgânicos de maneira completa e eficaz através da oxidação do ozônio.
Devido ao grau de variação na composição e carga de contaminantes, o equipamento de tratamento de águas residuais é geralmente especificado após a realização de testes piloto em escala reduzida para determinar as dosagens necessárias de ozônio.
A redução dos custos de processamento, bem como a redução ou eliminação de multas impostas pelo descarte de água contaminada são alguns dos benefícios. Outros benefícios incluem o uso de uma tecnologia limpa e ecológica, tão eficaz e econômica quanto as tecnologias menos amigáveis ao meio ambiente.
Vantagens do ozônio no tratamento de águas residuais
O tratamento de efluentes e águas residuais com ozônio tem várias outras vantagens, como aumento do nível de oxigênio dissolvido, diminuição da demanda química de oxigênio e melhoria das características estéticas devido à redução da turbidez e da cor. A cloração e a radiação UV não oferecem esses benefícios.
O ozônio é mais eficaz que o cloro na destruição de vírus e bactérias
- O processo de ozonização utiliza um tempo curto de contato (aproximadamente 10 a 30 minutos);
- Não há resíduos nocivos que precisam ser removidos após a ozonização, porque o ozônio se decompõe rapidamente;
- Após a ozonização, não há novo crescimento de microrganismos, exceto aqueles protegidos pelas partículas no fluxo de águas residuais;
- O ozônio é gerado no local e, portanto, há menos problemas de segurança associados ao transporte e manuseio;
- A ozonização eleva a concentração de oxigênio dissolvido no efluente. O aumento do oxigênio dissolvido pode eliminar a necessidade de aeração e também aumentar o nível de fluxo receptor.
O ozônio descontamina águas residuais de produtos químicos e compostos
Muitas estações de tratamento de águas residuais municipais ainda descarregam o efluente em corpos d’água, como rios e lagos, que são importantes fontes de água potável.
Historicamente, o cloro era usado para a desinfecção das estações de tratamento devido à sua eficácia, propriedades residuais e baixo custo.
No entanto, estudos no início da década de 70 mostraram que o cloro reage com os orgânicos para formar subprodutos da desinfecção, como trihalometanos e ácidos haloacéticos. Esses subprodutos podem afetar adversamente a saúde pública e a vida aquática por causa de suas propriedades cancerígenas.
A morte de peixes também ocorreu em corpos d’água que receberam águas residuais municipais desinfetadas com cloro. As preocupações com os efeitos adversos do efluente clorado levaram a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos a promover pesquisas em tecnologias de desinfecção alternativas, como a ozonização.
Os pesquisadores descobriram muitos outros produtos químicos e compostos na água e nas águas residuais em concentrações que podem ser a causa de várias outras preocupações ecológicas e para a saúde humana.
Esses poluentes preocupantes descobertos mais recentemente são comumente agrupados como contaminantes de interesse emergente.
Os contaminantes de interesse emergente geralmente não são regulamentados e consistem em:
- Compostos farmacêuticos ativos;
- Produtos de cuidados pessoais;
- Antibióticos;
- Hormônios;
- Produtos químicos disruptivos endócrinos;
- Plastificantes;
- Surfactantes;
- Retardante de fogo;
- Pesticidas;
- Herbicidas;
- Inseticidas;
- Químico industrial e doméstico;
- Nanomateriais.
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Vivaldo Mason Filho é Administrador de Empresas e Especialista em Análise de Sistemas pela PUCCAMP, Especialista e Mestre em Engenharia pela USP. Empresário e especialista na implantação de ozônio para indústrias de alimentos. Atuou por 11 anos como Professor nos cursos de graduação e pós-graduação de Administração, Comércio Exterior e Engenharia de Produção. É atual vice-presidente da Associação Brasileira de Ozônio – ABRAOZÔNIO.